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Polícia do Amazonas rastreia golpistas que ameaçam escolas

Possivelmente membros de facções, criminosos chantageiam gestores escolares para fazer transferência de dinheiro via Pix. Caso contrário, prometem fazer retaliação

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Polícia do Amazonas rastreia golpistas
Forças policiais intensificaram a vigilância nas escolas de Manaus por conta de ameaças de golpistas

A Polícia Civil do Amazonas rastreia golpistas que fazem ameaças a escolas em Manaus pedindo dinheiro por transferência via Pix, hoje o meio mais fácil e veloz para receber e fazer pagamentos.

Segundo gestores escolares, as unidades estão sendo ameaçadas por ligações telefônicas. E quem não ceder às chantagens dos golpistas, poderá sofrer retaliações, com possíveis invasões e morte de estudantes.

O governo do Amazonas, via Nise (Núcleo de Inteligência em Segurança Escolar), da Seduc (Secretaria de Educação e Desporto Escolar), emitiu alerta de que escolas estão sendo vítimas de ameaças de supostas facções criminosas.

Trata-se, conforme o governo, de um novo golpe. Por meio de ligações telefônicas, golpistas se passam por líderes de facções para cobrar dinheiro via Pix, sob ameaça de ataques à escola.
Para o coordenador do Nise, delegado da Polícia Civil Dênis Pinho, essas ligações são “terrorismo psicológico”.

“Esse golpe, primeiramente, acontecia em empresas privadas, migrando para pessoas físicas e agora eles inovaram ligando para as escolas”. De acordo com Pinho, a melhor medida a tomar é manter a calma e não realizar a transferência de valores.

Instabilidade

No começo deste ano, autoridades identificaram e apreenderam 123 adolescentes que estariam divulgando ameaças de ataques a escolas de diversos Estados brasileiros. As ações são uma resposta aos recentes atentados a colégios e creches pelo País, perpetrados pelos próprios alunos, principalmente por motivos de bullying, entre outras causas de admoestação.

Os governos estaduais têm anunciado medidas para evitar novas tragédias e proteger alunos.

Contratação de mais seguranças e psicólogos, implementação de botões de pânico e detectores de metais são algumas das ações.
O monitoramento das redes sociais, usadas por suspeitos para anunciar ataques, têm se mostrado eficaz no trabalho de prevenção.

No Amazonas, por exemplo, 68 adolescentes foram identificados e apreendidos por ameaças contra unidades de ensino de Manaus e de 13 municípios do interior do Estado do Amazonas.

A ação foi deflagrada pelo Comitê Interinstitucional de Proteção, Monitoramento, Guarda e Segurança Escolar e do Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar. Segundo o governo do Estado, o trabalho integrado evitou 56 possíveis ocorrências nas escolas.

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